quarta-feira, 17 de outubro de 2012

AMIGO INGRATO

Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.

Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.

Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.

Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.

Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.

Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.

Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.

Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.

Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.

Não te desalentes!

O mundo é impermanente.

O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.

As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.

Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.

Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.

Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.

Persevera, tranqüilo!

Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.

Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.

Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.

Não lhe guardes rancor.

Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.

Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.

Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador,
BA: LEAL, 1990.

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

Nos dias atuais muito se tem falado, em alguns meios, sobre a Transição Planetária que ora vivemos, isto é, já nos encontramos vivendo-a. Esta Transição é relacionada com o fim do Calendário Maia, agora, em 21/12/2012, ou ainda na referência aos dias do Armagedom, segundo algumas seitas Evangélicas, ou, ainda, aos "últimos dias" nas palavras do Mestre Divino, Jesus.

No entanto, sabemos não ser o fim (seja da vida e, menos, de tudo), mas, sim, o começo de um tempo novo no qual a humanidade, expressão de vida de cada homem e mulher, seja jovem ou adulto, no planeta, estarão vivendo em razão do próprio crescimento evolutivo. Deixando atrás de si, as lutas pelos posicionamentos sociais, pelo prestígio, pelo status... pelo poder... pelas conquistas materiais, ou financeiras... Nessa Nova Era, tudo isso não terá mais sentido ou razão de ser. As lutas serão pelo próprio progresso moral, espiritual, psicológico... consciencial...

Assim, trazendo alguma explicação - bem interessante e ampla, para os que tiverem olhos de ver -, transcrevo a seguir uma mensagem (os realces itálicos ou negritados não constam do original)  falando sobre... 


A GRANDE TRANSIÇÃO

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fieis aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

+ Esfacelam-se os lares,
+ desorganizam-se os relacionamentos afetivos,
+ desestruturam-se as instituições,
+ as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal,
+ as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas,

levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

- A turbulência vence a paz,
- o conflito domina o amor,
- a luta desigual substitui a fraternidade....

Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição. A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.

Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde. São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão. A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis.


(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ).

DIFERENÇA LÓGICA ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro"..

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência..

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em nosso interior durante a vida.

Texto é do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes, graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela Universidade Federal do Amazonas (FUAM, 1986), Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado em Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

EM TORNO DE JESUS EP05: RETRATOS DE MARIA

Neste capítulo procuraremos examinar as diversas visões existentes sobre Maria.

Nos Evangelhos, o único que "demora" em torno dos acontecimentos relativos aos primeiros anos da vida de Jesus e, por consequência, de Maria, é o evangelista Lucas. Neste, bem como nos demais, as narrativas relativas ao nascimento e etc. giram em torno dos primeiros capítulos. Assim, em Lucas, como não poderia deixar de ser, as narrativas vão do 1o. capítulo até os meados do 3o. (terceiro).

No entanto, deixando essas questões de somenos importância de lado, a descrição do evangelista é contraditória, em si mesma, no que se reporta à Maria e até mesmo à José. Vejamos um exemplo!

Como poderia Maria, após tudo pelo que passou, relativamente ao nascimento de Jesus, por exemplo, à anunciação (ou a visita do Anjo), principalmente, após seu canto, o Magnificat, justamente atestando sua compreensão e aceitação dos eventos, tendo entendido o alcance e a profundidade das ocorrências e etc., e, considerando ainda, por exemplo, o Benedictus de Zacarias relativamente aos mesmos eventos etc., portanto, em síntese, plenamente sabedora e consciente de que aquela criança não seria uma qualquer, virar e dizer, mais tarde, conforme narrativa do próprio Lucas (sic.):

Assim que seus pais o avistaram, ficaram perplexos. Então sua mãe o inquiriu: "Filho, por que agiste assim conosco? Teu pai e eu nos angustiamos muito à tua procura! (1)".

Entretanto, mesmo após as explicações do Mestre, narra o evangelista: "Mas eles não compreenderam bem o que lhes explicara. (2)"

Procederam, consequentemente, como pessoas comuns e como se Jesus fosse uma criança normal. Ou seja, agiram como simples e meros mortais, como a um pai ou a uma mãe qualquer de nós outros! Portanto, é de se perguntar: Teriam eles, e, principalmente  Maria, se esquecido de tudo? Onde, todas as ocorrências? E quanto à todos os acontecimentos? Esquecidos? Desprezados? Jogados fora ou, simplesmente, descartados? Creio que tal postura não coaduna, tendo-se em vista e considerando tudo quanto ocorreu, e todos os eventos pelos quais passaram. Então, constatamos com clareza e nitidamente a existência de uma contradição!

E, mais, se é verdade, conforme narra o evangelista, que ela, Maria, guardava tudo em seu coração (3), ela não poderia ter esquecido ou desprezado os avisos, os eventos e etc.

Por conseguinte, repetimos, ficam patentes as contradições de posturas, atitudes etc.

A mesma coisa podemos observar nos escritos do Espírito Humberto de Campos, através de Chico Xavier. Porém, no caso de Humberto de Campos, é óbvio que ele usou a forma literária dos contos, dos apólogos (4) e etc., isto é, usou redutivamente a figura e o nome Maria, fazendo uma transposição, para transmitir-nos determinadas lições, informações, orientações e etc. Tudo isto para que pudéssemos captar, entender e aceitar a situação, o contexto etc. que nos eram apresentados ou descritos; enfim, ele transubstanciou o contexto ao nosso nível, na conformidade com as nossas condições e situação.

Isso é o mais certo, evidente e aceitável, porque, um Espírito da envergadura de Maria não poderia ter determinadas posturas e atitudes narradas em seus contos. No entanto, este aspecto abordaremos no próximo capítulo.

Enquanto isto, a melhor descrição, a melhor narração que encontramos e assim consideramos é a do Espírito Miramez, através de João Nunes Maia. Concordamos, com eles, integralmente! Vemo-la como a mais fiel aos fatos e às ocorrências passadas.

Seja como for, não podemos perder de vista que tal assunto tem seus contraditores e suas controvérsias, até mesmo no Mundo Espiritual mais próximo à Terra, conforme nos assevera Emmanuel: "Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos Espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas (5)".

Quanto à visão dos católicos e protestantes, não vamos entrar nelas.

No tocante à Codificação, é aquilo que dissemos no capítulo anterior. Kardec abordou o assunto muito, mas muito rapidamente e sem se afastar à visão descrita nos Evangelhos, a qual não foge muito da descrição de uma pessoa pouco acima da média, mesmo considerando todas as homenagens conferidas à sua pessoa, tais como "agraciada entre todas a mulheres" e etc. Porém, não podemos nos esquecer de como as mulheres eram vistas e consideradas naqueles tempos. "[A partir de Jesus] Levanta-se a mulher da condição de animália para a dignidade humana (6)".

Mas, quanto a isto, foi assim mesmo?! Concorde às narrativas Evangélicas? Particularmente,  preferimos e ficamos com a narrativa de Miramez, por nos parecer uma descrição mais coerente com a realidade, mais consoante com os fatos, com a lógica e com o bom-senso.

Contudo, para que possamos ter uma ideia de como este assunto é espinhoso, verificamos uma contradição no próprio livro de Miramez, Maria de Nazaré. No prefácio da obra, o Espírito Lancellin, falando sobre Maria diz: "[Maria] Recebeu seu filho sofrendo a dor moral da incompreensão e, com ele ainda pequenino, deslocou-se de lugar a lugar, preocupada com a sua segurança (etc.)".Porém, Miramez, na mesma obra, não dá a entender isto não e tão pouco confirma esta informação. Ao contrario, pelo que diz, parece-nos mais acertado é não ter havido mudanças de lugar, contrariando a descrição de Lancellin.


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(1) Lucas 2:48 tradução da Bíblia King James.
(2) Lucas 2:50 tradução da Bíblia King James.
(3) Lucas 2:51 tradução da Bíblia King James.
(4)  sm. 1: Narrativa que traz uma lição moral e, geralmente, tem como personagens animais ou objetos que agem e dialogam como seres humanos. [Ver tb. fábula.].
(5) Livro A Caminho da Luz, cap. XII, tópico O Cristo e os Essênios.
(6) Evolução Dois Mundos, cap. XX, tópico Revivescência do Cristianismo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EL MOSQUETÓN 2 - AÇÕES

El Mosquetón tem um código de moral. Ele procura se pautar nas linhas da moral evangélica. Não é nada fácil, mas ele vai se esforçando. Vai caindo e levantando-se, sem desanimar. O que também não é fácil. El Mosquetón sabe que todas as nossas ações tem um peso e um preço, mesmo aquelas às quais atribuímos razões inúteis ou que consideramos inconsequentes. Isso não importa, ou, antes, para o Universo essas diferenças não existem. Uma, tem tanto peso e responsabilidade quanto a outra! Na verdade, a contagem funciona ou tem sua existência em razão e proporção ao mal ou ao bem que nossas ações produziram, fomentaram ou alimentaram.

Consequentemente, conforme já dito, as nossas mais simples ações terão seu peso e sua respectiva responsabilidade, com a qual devemos arcar e nos submeter. Não saber, não nos isenta, pois, se não sabemos, nada impede que busquemos nos informar, saber etc. O problema é que sempre estamos buscando nos justificar. Porém, nossa consciência é juiz rigoroso. El Mosquetón que o diga! Ele aprendeu que todas suas ações devem passar pela aprovação do crivo de sua consciência. Se passar... tudo bem! A paz da consciência tranquila será o resultado. Caso contrário, a sensação de que algo não está bem invade o mundo de nossos sentimentos; ou uma preocupação indefinida acomete nossa intimidade; ou uma impressão de que algo está falho... uma culpa varre nosso universo consciencial... Isso é o inferno interior, que podemos amortecer ou narcotizar. No entanto, no instante da morte, esse inferno não se contém e explode, determinando nosso lugar e nossa situação além-túmulo.

El Mosquetón tem aprendido que viver não é fácil e que a única saída que temos é pautar nossa conduta ao Código Moral que os Evangelhos nos orienta e ensina! Se conseguirmos isso, iremos bem! Portanto, que nossas ações, comportamentos e etc sempre produza equilíbrio e bem-estar real... seja alimento da paz e de alegrias verdadeiras... que sejam molas propulsoras na origem de harmonia, sempre!

A paz, a alegria etc do mundo, deixam um gosto amargo no final. A verdadeira, aquelas que recebem o selo de aprovação da nossa consciência, nos preenche de bem indizíveis. Assim, que saibamos escolher as segundas e evitar as primeiras!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

JESUS, PRIMEIRO DIÁLOGO

Sempre!

Filho de Deus tanto quanto qualquer um de nós outros, e Ele deixou isto bem claro em suas falas... Não existe nenhuma passagem evangélica na qual contradiga essa verdade! Certamente, a diferença entre Ele e nós é igual a que medeia o átomo ao Anjo! (rsrs!)

Espírito puro!

Significa que já não precisa mais de encarnação (se precisasse, por qualquer motivo, não seria Espírito Puro). Se nasceu entre nós, foi por puro amor. Levou 4 mil anos para poder nascer entre os homens (dados expostos por Emmanuel in Pinga Fogo). Ou seja, a partir do nascimento de Moisés, Jesus começou a sua redução vibratória, atravessando várias dimensões, para poder encarnar no planeta Terra. E vergar um corpo de carne, osso e sangue!

Não é Deus. É Co-criador, onde alguns confundirem-no com o próprio Deus...

Os planetas nos quais Jesus efetuou seu processo evolutivo, já não existem mais... foram reduzidos à poeira na imensidão cósmica! Informação dada por Emmanuel em A Caminho da Luz.

Governador Espiritual da Terra e Co-criador do Sistema Solar!

Mestre e Senhor!!!

Não esteve e não está submisso às Leis do Mundo Material... Como Espírito Puro que é, a matéria lhe obedece! Deste modo,  controlou e controla a matéria em sua profundidade essencial...

Qualquer coisa que falarmos sobre Jesus, estaremos reduzindo-o. Ele se encontra em um nível que nossa compreensão não alcança. 

Guia da humanidade, é o maior modelo que temos disponível para seguir-lhe as pegadas. Suas ações obedecem à Vontade do Pai, que está nos Céus!

Seu amor nos cobre como um manto!

Nós é que andamos distantes de seu aprisco, enquanto Ele nos aguarda pelos evos!...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DEUS, PRIMEIRO DIÁLOGO

Não tem forma e nem pode ter, pois não é matéria. Por isso mesmo é onipresente! Se tivesse alguma forma não poderia estar em todo os lugares, ou antes, em todo o Universo. E olha que o Universo é imenso pra chuchu!... (rsrs) Alguns defendem a infinitude do Universo. Pode ser! Aliás, é o mais provável. (Veja no final um pequeno adendo!)  Mas, retomando... 

Somente a matéria constitui-se numa forma qualquer... Quando a matéria avança pelos campos da energia, ela perde sua condição de materialidade, por conseguinte, a questão das formas deixa de existir, por adquirir uma nova dimensão. Em outras palavras, a matéria executa um salto quântico terrenos adentro de uma nova dimensionalidade existencial.

Não tem boca, sua voz é a do pensamento sublime para o qual não temos paralelos... Não há como entender ou descrever. É um pensamento que mais se sente do que se ouve...

Não tem olhos, sua visão é a consciencial. Por isto mesmo é onisciente! Tudo vê, tudo sabe. Enxerga tanto o fora quanto o dentro, aliás, isto não existe para Deus. Se não existe nem fora, nem dentro... não existe segredos, nada desconhecido... Tudo, tudo sabe, conhece e vê! Se algo existisse de que não soubesse ou do qual não tivesse consciência, já não poderia ser Deus.

Não tem mãos, nem pés... Suas mãos é a própria criatura ou criação. Não precisa ir a lugar algum, pois já está ou se encontra em tudo e em todas partes. É o tudo e o nada!

Não tem corpo! Apenas os antropomorfistas, de cuja mente, ainda estagiando nos primórdios da infantilidade, pode entender Deus dotado de uma forma qualquer. Algo que mais poderia se aproximar de um corpo divino, se isto fosse possível, seria o Universo. Porém, nesse caso o Universo passaria a ser Deus porque este conteria Deus e isso não pode ser. É exatamente o contrário!

A respiração (hálito) de Deus é o amor.

O pensamento de Deus é tudo quanto existe e mais!

Deus é o bem, portanto, não criou o mal. Por ser o bem imanente, permite o mal, cuja criação é filha das criaturas que trafegam e estertoram nos estágios da ignorância que deságua no erro.

A justiça divina é misericórdia. Deus não pune, educa! A educação advém através da Lei de Ação-Reação, onde as criaturas recebem o retorno daquilo que elas mesmas puseram em movimento. Assim, a Divindade apenas permite que arquemos com as consequências de nossos pensamentos, sentimentos, atitudes, comportamentos, ações etc... Se fizemos o bem, o bem receberemos de volta. Se fizemos o mal, com ele haveremos de nos haver! Colhemos exatamente o que plantamos! Em qualquer terreno, em qualquer nível. A sementeira é inteiramente livre, podemos escolher se plantamos ou não; porém, uma vez a semente lançada, a colheita é obrigatória e certa. Não importa tempo e espaço, pois isto não existe para Deus.

No Universo existe apenas o eterno agora e nós com ele! A ilusão de tempo e espaço é necessária apenas para que nós possamos aprender, nos educarmos e evoluir. São apenas limites de nossas consciências, ainda infantis!


ADENDO: Limites do Universo  - A Ciência trabalha com a teoria de que o Universo tem cerca de 14 bilhões de anos. Porém, essa medição não é exata se considerarmos o seguinte: Esse dado advém do fato de a luz mais distante, viajando no vácuo a uma velocidade aproximada de 300 mil kilometros por segundo, o que corresponde a um pouco mais de um bilhão de quilômetros por hora, leva esse tempo para nos alcançar. Ou seja, com a tecnologia disponível hoje, não dá para avançarmos além desse ponto. Porém, isso não significa o limite do Universo e, sim, o limite de nosso alcance na atualidade. Portanto, é óbvio que o Universo pode ser muito maior do que as propostas teóricas hoje existentes. Segundo a Filosofia, ele é infinito! E eu creio nisso!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AGIR DE ACORDO

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“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.” – Paulo. (Tito, 1:16.)
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A Terra, até agora, no que se refere às organizações religiosas, tem vivido repleta dos que confessam a existência de Deus, porém, negando-O, através das obras individuais.

Como conciliar o conhecimento de Deus com o menosprezo aos semelhantes?

As antigas escolas religiosas, à força de se arregimentarem como agrupamentos políticos do mundo, sob o controle do sacerdócio, acabaram por estagnar os impulsos da fé, em exterioridades que aviltam as forças vivas do espírito.

No entanto, a doutrina consoladora da sobrevivência e da comunicação entre os habitantes da Terra e do Infinito, com bases profundas e amplas no Evangelho de Jesus, floresce entre as criaturas, com características de nova revelação, para que o homem seja real afirmação do bem, que nasce da fé viva, em todas as suas atividades e obras.

- Emmanuel in Caminho, Verdade e Vida, cap. 116.

FACE TO FACE

PRIMEIRA PARTE:

Não preciso falar sobre meus atos ou atitudes, porque eles falam por si sós. Por isto mesmo, não preciso me justificar perante os outros. Minhas ações são às claras. Assim, o que tenho para falar, falo abertamente. Não por trás e, menos ainda, pelas costas de quem quer que seja. Sou homem bastante para dizer - "face to face" - o que tiver de falar. Mentes infantis e medíocres não conseguem agir de outro modo que não seja dentro de suas dificuldades inerentes. Porém, se Jesus e a Vida nos convidam ao crescimento, nos esforcemos para tanto!


SEGUNDA PARTE:

Interessante como a Vida nos fornece novas oportunidades para retificarmos nossos erros. O grande problema é não nos encontrarmos despertos, o suficiente, para aproveitarmos o momento que passa ligeiro. Se estivermos atentos, conseguiremos "pegar o bonde".  Do contrário, nos restará apenas vê-lo desaparecer no horizonte de nossas vidas, sem nenhuma condição de sabermos quando voltará ou quando teremos uma nova oportunidade...


TERCEIRA PARTE:

Podemos suar e fazer todo o possível por alguém, mas isso não significa que este alguém vá lembrar ou guardar alguma gratidão. Mas, tudo bem, porque devemos sempre fazer o bem sem olhar para trás. E, principalmente, porque te metem o pé na primeira oportunidade, mesmo tendo te chamado de "amigo" algum dia!  Seja como for, isto não deve significar que sejamos obrigados a seguir com alguém - porque o consideramos um amigo - por um caminho que não nos agrada, ou, com o qual não concordamos; porém, não seguir ou deixar de estar com alguém, não significa passar a ter desrespeito ou não lembrar desse alguém com carinho e gratidão!!! É isso aí!!!


ÚLTIMA PARTE:

Lembre-se: Nada do que nos acontece é injusto!  Diante disto, guarde sempre tua fé em Deus e tenha certeza de que o Bem sempre vencerá!  Se o leite derramou, chore! Chore por ti, pelo leite e por quem lhe foi instrumento da queda... Pelas oportunidades perdidas... Mas, não fique muito tempo lambendo as próprias feridas. Levanta-te e anda!  Tenha fé em Deus, tenha fé na Vida - expressão máxima deste Pai de Amor e Bondade!  Assim, quando olhares para trás, seja para levantar algum caído, mesmo que apenas através de tuas silenciosas preces. Aquele que Tudo Vê e Sabe, sempre está amparando os caminhos de todos nós. No entanto, a parte mais importante nos cabe, mesmo que Ele nunca deixa de estar ao nosso lado, segurando nossas mãos, que é o trabalho de trilhar e aprender sempre!


PALAVRAS FINAIS:

Com todo afeto!

Afinal, somos todos irmãos e mais dia, menos dia, estaremos todos reunidos sob os auspícios deste Amor, irmanados, vivendo em perfeita harmonia. Mesmo que isto vá levar alguns bilhões de anos para se tornar realidade, mas UM DIA assim será!  Acredite você ou não, concorde ou discorde, aceite ou se recuse - empedernido - a aceitar... que importa?!  Graças a Deus, a Vida não segue as opiniões de A, ou B, e, menos ainda, de C. No final, a realidade não é como queremos, mas como determinada pelo Mais Alto.