quarta-feira, 6 de março de 2013

EM TORNO DE JESUS EP06: MARIA DE NAZARÉ

O retrato de Maria, ao lado, foi ditado pelo Espírito Emmanuel ao fotografo Vicente Avelar através do médium Francisco Cândido Xavier. Este trabalho foi realizado aos poucos, em mais 20 encontros, desde os meados do ano de 1983, com sucessivos retoques, objetivando homenagear o Dia das Mães de 1994. O retrato revela o semblante de Maria tal como ela se apresenta quando de suas visitas às regiões perturbadas do mundo espiritual, como por exemplo, o Vale dos Suicidas.



O Espírito Lancellin, no prefácio à obra Maria de Nazaré, diz:"Maria de Nazaré, Espírito de alta envergadura, de uma pureza de sentimentos tal, que escapa a todas as nossas deduções e esforços de compreensão. Para compreender a Mãe de Jesus somente outro Espírito igual a ela".

Já o próprio autor da obra, revela-nos: "É importante destacar o valor de Maria de Nazaré, esta mulher encantadora que nunca teve na sua missão grandiosa, pensamentos impuros. A sua virgindade moral foi em todos os aspectos de sua vida exemplar de filha e de mãe, de esposa e de companheira... Foi realmente um anjo que caiu do céu, por misericórdia de Deus, em auxilio à humanidade. O seu exemplo de pureza e de amor ainda agora se irradia no mundo inteiro e serve de diretriz para todas as mulheres, que a reconhecem como sendo uma estrela a guiar os corações para a luz de Deus, no amparo de Jesus Cristo (1)".

Concordamos integralmente e assim também vemos. Por conseguinte, consideramos que tanto Maria, como Jesus, são Espíritos Puros. Maria, certamente, não tinha atingido, à época, a mesma estatura do Mestre, porém, nem por isto estaria sujeita e limitada às descrições que nos dão dela tanto os Evangelhos como muitos de nossos irmãos encarnados, bem como desencarnados. Descrições que correspondem mais a um de nós, envoltos ainda nas paixões e numa visão altamente acanhada, tanto da Vida quanto das circunstancias que nos envolvem.

Certamente que um Espírito Puro tem sentimentos e sentem, igualmente. Porém, como falaríamos de tais sentimentos? Como os compreenderíamos? Se já alcançaram o grau de pureza, seja este qual for, Eles sentem, pensam, veem, ouvem, tem sensações e etc. Entretanto, todas estas percepções, e outras que podemos desconhecer, não obedecem aos ditames da matéria, ou seja, não ficam restritas e presas aos limites que a carne nos impõe. Eles, em relação a nós, são livres! Neste sentido, tanto Miramez, como Emmanuel, Joanna de Ângelis e outros não dizem diferentes.

Um simples exemplo, do que estou tentando dizer: Um ser como Jesus e, mesmo, Maria, de fato Amam. Enquanto nós... Isto é, por nosso lado, o nosso "amor" é um arremedo ainda. Claro que estamos caminhando e os nossos sentimentos estão sendo lapidados ao longo da jornada, mas, ainda, não entendemos e nem compreendemos o que seja o Amor. Estamos no "pré-zinho" (pré-primário) quanto a isto.

Então, como poderemos falar ou compreender os sentimentos, percepções, inteligência e etc. dos Espíritos Puros, ou de um ser que já chegou a este patamar?

Por isto, principalmente, em referência ao Mestre de todos os mestres, dizemos: Tudo que possamos falar a seu respeito é reducionismo. E, sem fugir a esta perspectiva, observamos alguns afirmando que Ele necessitou de educação, de aprendizagem e tantos outros absurdos! Quanto a isto, Emmanuel é bastante claro em sua obra A Caminho da Luz (vide citação à frente), e com a qual - igualmente - concordamos na sua plenitude e integralidade. E Miramez não nos diz diferentemente!

Do mesmo modo, às descrições em relação à Maria de Nazaré não fogem, também, muito desta abordagem não. Nós, humanos ainda imperfeitos, tendemos a ver tudo desde a perspectiva de nosso olhar, de nossa mentalidade; donde falhamos e cometemos muitos erros, enganos e equívocos!

Confirmando o domínio e o controle da matéria por parte de Jesus, e não poderia ser diferente para quem não só é um dos construtores de nosso Sistema Solar, mas também é o Governador Espiritual de nosso Orbe, e, igualmente, desmentindo a necessidade de uma educação ou de orientações de vida (porque, pensar em termos morais, seria um total contrassenso), para o Mestre, que veio até nós ensinar e não aprender, vejamos as informações prestadas, tanto por Miramez quanto Emmanuel:

"A força do Mestre modificava tudo. Era comum ver-se Maria, em pleno êxtase, pedindo a Deus pelo seu filho. Já compreendia perfeitamente sua missão e para tanto, orava, buscando novas forças para seu sensível coração. Jesus crescia em todos os sentidos, em corpo e em saber. O Espírito obedecia às leis que a natureza impõe, até um certo ponto, por se tratar de um avatar nos braços da carne. (2)"

Emmanuel é mais explicito e diz que Jesus já nasceu pronto, conseguintemente, não necessitando de nenhum tipo de educação! Vejamos! "O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio. (3)"

No próximo capítulo continuaremos ao redor deste tema, mas a partir de um Tira-teima!



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(1) Livro Maria de Nazaré, cap. O Filho de Maria.
(2) Livro Maria de Nazaré, cap. O Filho de Maria.
(3) Livro A Caminho da Luz, cap. XII, tópico O Cristo e os Essênios.

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