quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PLANETA HIGIENIZADOR, VERDADES E MENTIRAS...

Um conhecido me escreveu perguntando sobre o Planeta Chupão, referido por Chico Xavier, ou, Planeta Higienizador. Pergunta ele: Acaso não tem a espiritualidade tecnologia para exilar os espíritos, sem precisar recorrerem a um astro ou planeta qualquer? E mais, se um planeta ou outro corpo celeste se aproximar de nosso sistema solar não provocaria o seu colapso?

Caro amigo, respondemos o seguinte: Dizem que Chico Xavier se referiu a este "planeta" ou astro, chamando-o de Chupão. No entanto, até o momento, não encontramos esta referência com precisão. Assim, não saberíamos dizer se o Chico disse mesmo ou não tal coisa!

O que sei com segurança é que vários espíritos tem-se referido a um astro, maior do que a Terra, segundo alguns deles, que estaria se aproximando - pouco a pouco - da Terra ou de nosso Sistema Solar. Pelo que tenho entendido, parece que este astro não seria um astro alienígena, mas, ao contrário, ele faria parte do Sistema Solar, porém possuindo uma órbita muito longa em relação ao centro do Sistema, isto é, do Sol.

Bem, nesse ponto, entre outras questões, desponta uma bem interessante: Se tal astro existe, depois de ocorrido o degredo, ficaria muito estranho se o mesmo continuasse fazendo parte do Sistema Solar.... Contudo, sabemos que não somente pode existir, mas que, com certeza, existe, não somente planetas e outros corpos celestes, mas até mesmo estrelas errantes... E não somente pelos espaços "intragaláticos", mas, com certeza, abrangendo até mesmo os espaços intergaláticos, os quais são incomensuráveis.

Seja como for, particularmente, não saberia dizer se tal astro seria ou não um, ou, se tornaria um, desta categoria, até mesmo, em consequência desta passagem pelo nosso sistema, levando-o a se tornar um astro errante. Por outro lado, como afirmar se ele faz parte do Sistema Solar ou se continuaria fazendo parte de nosso sistema e etc.? Este último caso, considero pouco provável, até mesmo pelas instabilidades que ele viria a provocar de futuro. Estas considerações fundam-se em que, penso, seria complicado tal planeta ou astro continuar vinculado  ao Sistema Solar, devido a manutenção da proximidade de referido astro com a Terra... A manutenção de uma situação de tal monta, poderia vir trazer instabilidades de todos os tipos, desde as psíquicas, tanto para os Espíritos que partiram quanto para os que continuassem na Terra, devido às vinculações espirituais que um dia existiu, não somente com o planeta, mas até mesmo entre si. Entretanto, quem somos nós para definirmos os ditames e a evolução quer seja dos seres ou dos diversos sistemas, sejam eles galáticos, solares, planetários... e do Universo em geral, não é mesmo?!

De todos os modos, tais informações são bem complexas. Principalmente, sabedores que somos dos problemas e dificuldades envolvidas nos processos medianímicos... Tais como: Questões de filtragem, entendimento correto da mensagem enviada, capacidade cerebral e receptiva, e, mesmo, cognitiva do médium etc. etc. etc.. Assim, no que se reporta às questões da Transição Planetária, este é um assunto demasiadamente complexo e complicado.

Mas, consideremos as demais questões levantadas pelo caro amigo.

- A espiritualidade não tem tecnologia para exilar os espíritos sem precisar recorrer a um astro ou planeta qualquer?

Não saberíamos responder com precisão! Tem, teria?! Não sei! Não dentro de parâmetros que consideramos como válidos e aceitáveis! Outra coisa, que deveria ser motivos para as nossas reflexões, não seria a aproximação de tal astro o resultado desta mesma tecnologia? Veja bem, os dinossauros precisavam ser exilados da Terra, caso contrário, o homem não poderia vir a existir de futuro. Então, não veio um asteroide e os removeu do solo terrestre, provocando uma serie de mudanças?... E, de modo semelhante, todos os outros saltos evolutivos dos seres na Terra, ocorreram mais ou menos do mesmo "modus operandi". Pois então?... Não vejo com estranheza esta possibilidade, aventada por vários Espíritos!

Consequentemente, se por um lado não podemos afirmar tal possibilidade, por outro, não seria uma temeridade negá-lo? Creio que neste contexto, a nossa posição deve ser a de tranquilidade. Mesmo porque, independente da existência e da aproximação de referido astro, isto não irá alterar em nada a nossa condição de seres eternos e imortais que somos como espíritos.

Uma coisa é certa: As mudanças haverão e ocorrerão. Aliás, elas já estão ocorrendo. Basta tenhamos olhos de ver para percebê-las. E é isto o que deveria nos bastar! Por conseguinte, deveríamos nos ater é na seguinte questão: O que estou fazendo para poder continuar na Terra, vivendo em um mundo regenerado?!

- Se um planeta ou outro corpo celeste qualquer se aproximasse ou adentrasse no sistema solar não provocaria seu colapso?

Bem, quanto a isto, creio que não necessariamente, não no sentido desesperador que damos ao tema. Vejamos bem! A Terra mesma já passou por diversos cataclismos, tantos vindos do espaço quanto internas, com explosões de vulcões e etc. De mais a mais, estrelas explodem, sistemas são criados; outros, são destruídos constantemente, diria, até diariamente, pelo Universo afora.

Assim, estes são fenômenos corriqueiros. Agora, te pergunto: Os Espíritos que existiam (?) ou viviam (?) nestes lugares morreram? Deixaram de existir? As interrogações entre parenteses significa que a destruição dos sistemas não implica ausência ou, necessariamente, retiradas dos Espíritos destas estancias. Bom, respondendo, acredito que não! Isto se não foram eles mesmos os que provocaram tais "dramas" (a partir de nossos conceitos estreitos e limitados), modelando e remodelando o Universo e o progresso dos seres e das coisas.

Por outro lado, independentemente das formas como os Espíritos serão degredados ou retirados da Terra, o fato é o que os mesmos serão e já estão sendo exilados. Portanto, que o degredo existirá, ahhh, isto sim, existirá! E esta, repito, deveria ser a nossa questão principal, ou seja, estaremos entre os que ficarão ou entre os que serão deportados? Então, renovemos nossas indagações: O que temos feito para estarmos entre os que poderão vislumbrar e vivenciar a "Nova Jerusalém que desce dos Céus"? (Apocalipse 03:21 e 21:2.)

Para respondermos a nós mesmos tais perguntas, basta nos questionarmos:
- Estou promovendo a harmonia, a compreensão, a tranquilidade nas e entre às pessoas que estão à minha volta? No lar, no trabalho? Na rua?... Ou, estou promovendo a discórdia, a incompreensão... jogando os outros na fogueira para ver o circo pegar fogo, como se diz, ou para levar algum tipo de vantagem?... e etc.?
- Estou fazendo o bem ou o mal? Por exemplo, propagando fofocas, denegrindo o caráter ou o nome dos meus semelhantes e etc.?... ("Para fazermos o bem, sempre é necessária a ação da vontade; para praticarmos o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação." Paulo - o apóstolo em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)
- Estou trabalhando nas linhas do amor, do respeito a mim mesmo e ao próximo?... Ou, estou fomentando todo tipo de desconfianças, divergências, desuniões e etc.?...

Quem promove o mal e os indiferentes, não poderão continuarem na Terra. Terão de recomeçar em outro lugar a aprendizagem que neglicenciaram efetuarem por aqui... Estarão indo para ambientes mais propícios e condizentes com aquilo de que seus corações estão repletos...

Nestas horas, sempre lembro-me das palavras de Jesus, as quais vejo - a cada dia - se cumprirem fielmente:

MATEUS 24:
35 Passará o céu e a terra, mas não passarão as minhas palavras.
36 Mas daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão só o Pai.
37 Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será a vinda do Filho do homem.
38 Pois assim como naqueles dias antes do dilúvio comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca,
39 e não o perceberam senão quando veio o dilúvio, e os levou a todos
; assim será também a vinda do Filho do homem.
40 Naquele dia de dois homens que estiverem no campo, um será tomado e o outro será deixado;
41 de duas mulheres que estiverem moendo em um moinho, uma será tomada e a outra será deixada.
42 Portanto vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor;

Portanto, são nestas questões que deveríamos nos focar, nas que deveríamos nos ater. As outras questões, são apenas informações adicionais para aplacar as nossas curiosidades, ou, talvez, para nos trazer algumas informações complementares, nos alertar, nos preparar... porém, nada mais do que isto!

Confirmando as minhas explicações, ao acabar de traçar as linhas acima, aguardei para publicá-las no dia seguinte. Então, aconteceu que na noite do dia 07/08/2013, lendo um livro que tinha acabado de adquirir, com o sugestivo título: "Morri, Sobrevivi... para onde vou?", ditado pelo Espírito José Lázaro ao médium Agnaldo Paviani, encontrei a confirmação integral de tudo o que venho dito e outras novidades a mais acerca do tema transição. Aproveitei então para deixar transcrito, nas linhas abaixo, trechos do texto constante no referido livro e inserto em seu capítulo 5:

"- Olá, [José] Lázaro, vejo que está acompanhado, quem são?
- Jovens e amigos que fazem parte do imenso contingente de soldados do Cristo que reencarnarão em breve, com tarefas definidas em vários setores da vida.
- Excelente! Não sei se sabem, meus jovens, mas muitos espíritos de escol estão voltando ao cenário terreno, não estarão sozinhos. [Estes espíritos de escol estão reencarnando para nos ajudar a passar pelo processo de transição que se acirrará cada vez mais, 
principalmente, a partir do ano 2016, trazendo perturbações de todas as ordens. E, nestas horas, serão necessárias pessoas com equilíbrio e bom senso.]
- O senhor soube do asteroide? [José Lázaro está se referindo ao asteroide Apophis que passou próximo da Terra em 2012 e retornará por volta de 2036, com possibilidades exíguas de colidir com a Terra, segundo dados da Ciência Oficial de hoje, isto é, do ano de 2013.]
- Alguns boatos, mas nada confirmado.

Bernardo, um dos mais falantes do grupo, entrou na conversa e num tom de brincadeira exigiu:
- Ah não! Não nos deixem fora desta! Que asteroide é esse?
- Filho - redarguiu Elmer -, nós, tanto quanto os encarnados, estamos sempre na expectativa de que os chamados Espíritos Superiores nos forneçam mais informações sobre os acontecimentos futuros; no entanto, somente nos informam aquilo que acham ser conveniente.
- E quanto ao asteroide? O que sabem?
- Alguns estudiosos da nossa dimensão levantaram a possibilidade de haver uma colisão de gravíssimas proporções de um asteroide com a Terra. Não há nada oficialmente confirmando, apenas suspeita.
- Em que ano isso aconteceria?
- Por volta do ano 2035. Mas informações dessa natureza não contribuem em nada para a preparação de vocês. Creio que muitos aqui estarão, quando encarnados, atuando na medicina?...
- Sim - respondeu Bernardo -, grande parte de nós; [.....]
- Isso é muito bom, então estão no lugar certo. Olhem para essas criaturas [o Espírito Elmo, se referencia a vários Espíritos doentes em recuperação num dos hospitais na dimensão espiritual em que se encontravam]; na verdade, foram todas acometidas do mesmo mal, da mesma enfermidade: o desamor. Não amaram e adoeceram. A falta de amor é a pior das doenças, e o amor, a "vacina" que cura instantemente.

- Aproveitem a visita! Preciso ir, até logo!

Assim que o médico saiu, Lineu, indagou:
- Em relação ao asteroide, caso a suspeita se confirme, o que os Espíritos Superiores farão para evitar esta tragédia?
- Não devemos especular, mesmo porque com a intenção de fazer o bem, às vezes, pela falta de cautela e bom senso, podemos mais atrapalhar do que ajudar. Contudo, posso adiantar que o homem terreno é quem tem atraído para si determinados acontecimentos, e, nesse caso, os Espíritos Superiores pouco podem fazer.
Lembre-se do que expliquei sobre o "trigo de má qualidade".
- Desculpe a ignorância, mas quando fala do "trigo de má qualidade", está se referindo a quê? Ou a quem?

Desejando que a lição fosse bem assimilada, convidei:
- Venham comigo, creio que Hernandes ainda está por aqui.
- Quem é Hernandes? - indagou Bernardo.
- Um amigo, ele já está hospitalizado aqui, faz alguns meses.
- Ele era médium quando encarnado?
- Não! Ele era, na verdade, guia.
- ?!

Em pouco tempo localizei Hernandes, que na ocasião estava ajudando a preparar uma sopa para os internos. Assim que nos avistou, veio em nosso encontro e após cumprimentar-nos, indagou:
- Quem são esses jovens, Lázaro?
- Amigos, estão me auxiliando no trabalho de entrevista, mesmo porque estou assoberbado: são as entrevistas, o auxílio ao Dr. Klaus no hospital e ainda mais agora que estou escrevendo outro livro...
Bastou eu pronunciar a palavra livro, para que Hernandes se descontrolasse.
- Livro... livro! Deus me livre! Nem penso chagar perto, nunca mais trabalharei junto aos encarnados, quero ficar por aqui, bem quietinho, escrever livro, nunca mais.
- Mas até hoje, o grupo onde auxiliava evoca seu nome.
- Vão continuar evocando, lá não coloco meus pés... esses espíritas são doidos...
- Calma, Hernandes, calma, não generalize. Sei o que sofreu e o que ainda sofre, mas já está na hora de superar o que aconteceu. Falando nisso, eu gostaria, caso não se importe, de narrar para meus amigos, a sua experiência.
- Sem problema, já faz tempo e o fato d´eu lembrar a história já não me aflige tanto.
- Então vá em frente, meu amigo, estamos ouvindo.

- Tudo aconteceu, não faz muito tempo. Fundei um centro espírita e passei a liderar um grupo de trabalhadores. Todos me admiravam e consideram um "doutor" nos assuntos de ordem espiritual. E, de fato, eu lia muito, pesquisava, questionava os espíritos nas sessões mediúnicas...
Mas um dia desencarnei, vítima de parada cardíaca e, obviamente, quando contemplei o plano espiritual, fiquei extremamente entusiasmado. Eu não tinha dúvidas sobre a existência das dimensões espirituais, mas eu estava, após a morte, constatando com meus próprios olhos a irrefutabilidade dos fatos.

Empolgado e decidido a trabalhar com afinco na Seara de Jesus, dei prosseguimento aos meus estudos, mormente nos temas referentes à Transição Planetária.
Como devem saber, nesta dimensão espiritual, temos mais informações que os encarnados. Após um ano de estudo, decidi escrever um livro, no tentame de alertar os irmãos que mourejam no corpo sobre os acontecimentos que se avizinham do orbe terrestre.

Nunca tive o desejo de ser um espírito conhecido, nem almejava o aplauso, queria apenas colaborar com Jesus; contudo, apesar da minha sinceridade de propósitos, faltou-me o bom senso.
Fui aconselhado por amigos espirituais a esperar um pouco mais; no entanto, achei que a hora era aquela e então passei a procurar um médium para escrever. Foi aí que começaram os problemas. Nosso grupo - os encarnados - contava como cerca de doze médiuns.
A princípio, acreditei que Venceslau pudesse ser um bom intermediário, mas quando me aproximei para escrever, dando-lhe algumas informações sobre o tema a ser exposto, ele recusou imediatamente.

De mente fechada, comentou com alguns amigos que estava sendo vítima de obsessão, pois um espírito disfarçado de Hernandes estava aparecendo para ele e querendo escrever coisas absurdas. 'Mas eu - afirmava ele com orgulho - sou um médium experiente e nenhum espírito zombeteiro vai me enganar'.

Então procurei Euclides, outro médium, que acreditava ser de confiança.

- E não era? - interrompeu Bernardo.
- Era de extrema confiança, mas não logrou ir além do primeiro capítulo. Insegurança, excesso de zelo, medo exagerado do animismo e ele colocou ponto final, antes mesmo de começar.

Euclides acreditava que fecharia os olhos e eu tomaria o seu braço e escreveria sem que ele tivesse noção do que estava sendo escrito. Mas ele era médium consciente, não havia como fazer isso.
Eu teria que atuar na sua mente e usar os recursos dele, assim é a mediunidade de parceria. Mas não foi possível, após algumas tentativas, desisti.
Mais uma vez fui aconselhado pelos benfeitores a engavetar o livro e aguardar a hora certa para o plantio, mas eu era um trabalhador sem paciência.

Foi quando encontrei Laura. Uma médium que havia chegado ao centro, após minha desencarnação. Ela me pareceu a médium ideal. Estudiosa, dedicada ao trabalho, sincera nos seus propósitos de servir.
A princípio, seu guia espiritual não foi favorável, mas posteriormente, argumentei que meu empreendimento não geraria nenhum prejuízo para sua programação reencarnatória. Depois de um período de análise, ele anuiu, mesmo não concordando plenamente.

Não demorou muito e começamos o trabalho, no entanto, Laura tinha uma limitação, um problema que só identifiquei após ter começado o livro. Sua mente era, digamos, fértil demais, ela - utilizando o linguajar dos jovens - "viajava na maionese". À medida que eu escrevia, sua mente dava um colorido exagerado ao texto e comecei a notar que, apesar do processo anímico ser natural em qualquer comunicação de espírito, ela estava comprometendo a obra.

Por vaidade, por desejo de ser reconhecida, alterou significativamente minhas colocações. Mudou meu nome para Bezerra de Menezes, inventou ET´s que não faziam parte da narrativa, e o pior foi que passou a dar uma conotação de revelação à obra literária em questão.
Não era nada daquilo, eu nem conhecia pessoalmente Dr. Bezerra e não tinha o desejo de fazer nenhuma revelação.
Foi aí que decidi suspender a empreitada. Paramos, ou melhor, parei no 3o. capítulo, mas ela continuou por conta própria. Seu orgulho não permitiu que ela admitisse que o espírito que estava escrevendo através dela - no caso "Bezerra" - a tivesse abandonado.

Prosseguiu e em pouco tempo, um obsessor terrível se assenhorou de sua mente terminando de escrever o fiasco que eu havia começado.
Daí em diante, foi uma sucessão de problemas. Muitos no centro se revoltaram e abandonaram a casa; outros, com o mesmo nível de imaturidade da médium, passaram a idolatrá-la e hoje, o centro a tem como 
presidenta e um bando de fanáticos que a apoiam.
- Mas o senhor não teve culpa, foi uma tentativa de trabalho que não deu certo...
- Sim, meu jovem, tive culpa, sim. Indiretamente, eu fui culpado. Deveria ter esperado um pouco mais, deveria ter acompanhado a médium de perto por um tempo e então provavelmente teria adiado meu projeto. A verdade é que ainda não era hora.

Não desejando que perdurasse nenhuma dúvida, intervi, explicando:
- Quase todo projeto que envolve uma parceria encarnado-desencarnado, é autorizado e supervisionado pelos Espíritos Superiores; contudo, não há, via de regra, obrigatoriedade nesse sentido.
Espíritos e médiuns têm livre arbítrio e caso desejem arriscar-se num projeto, mesmo havendo riscos, os Espíritos Superiores não irão proibir - é o respeito ao livre arbítrio.

- Bernardo voltou a indagar:
- Mas a intenção era boa, não deveriam ter sido mais orientados?
- Bernardo, lembra... "trigo de má qualidade". Usando o simbolismo, podemos afirmar que a princípio, nem Hernandes, nem Laura representava o joio, citado na parábola do Cristo. Todavia, digamos o "trigo" não recebeu o adubo adequado e a irrigação foi falha.

Em outra palavras, ambos não estavam prontos. Por parte de Hernandes, houve uma precipitação em escrever aos encarnados, e por parte da médium, uma imaturidade espiritual. Mesmo desejando servir, a possibilidade de ficar conhecida subiu-lhe à cabeça, e o que era para ser uma boa obra literária transformou-se num livro da discórdia.

Sendo assim, precisamos ter muito cuidado, mesmo que tenhamos uma boa intenção e mesmo que estejamos prontos para determinado trabalho, não podemos esquecer que nós - espíritos [desencarnados] - dependemos dos médiuns, que são nossos instrumentos.
E convenhamos, sem desejar desmerecer o esforço dos mesmos, encontrar "intermediários" confiáveis não é uma coisa muito fácil."


Prestamos bastante atenção ao relato efetuado e verifiquemos, com cuidado, onde nos encaixamos no mesmo. Onde nele, nos situamos?! Se é que não nos situamos em toda a narrativa.

Tenhamos tento!

No mais, desejo-lhes paz, alegria e muitas forças para superarem as tempestades que cada, vez mais, se formam nos horizontes de nossas vidas, prenunciando desafios sem conta para cada um de nós!




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