quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CRUZES


         Cada alma, na escola da Terra, sob a abençoada cruz da carne, conduz consigo a cruz invisível da prova, indispensável à elevação a que aspira.

          Aqui, vemos a cruz do ouro, impondo aos companheiros que a transportam, o círculo do medo e da inquietação.

          Além, observamos a cruz do poder, exigindo de quantos lhe detém, a força de pesados tributos de responsabilidade e sofrimento. 

          Acolá, notamos a cruz da beleza física, atraindo apelos inferiores.

          Mais além, contemplamos a cruz da enfermidade, situando esperanças e sonhos no labirinto da indagação e do desalento.

          Não longe, vemos a cruz da carência material, induzindo muita gente à inércia e à lamentação.

          Agora, observamos junto de nós a cruz da injustiça aparente, tentando a criatura à reivindicações que a projetam em maiores dificuldades.

          Mais tarde, encontraremos a cruz das paixões, vergando ombros sensíveis e afetuosos, reclamando-lhes o amargo imposto do desequilíbrio e das lágrimas.

          Cada criatura passa entre os homens algemada ao posto de  graves obrigações, alusivas ao progresso que lhe cabe alcançar.

         O santo traz a cruz do sacrifício.

         O delinquente carrega a cruz do remorso.

         O melhor suporta o madeiro da liderança.

         O mau tolera o lenho da expiação regenerativa.

         O berçário é um viveiro de cruzes que se desenvolvem, pouco a pouco, no curso do tempo, definindo-se cada qual delas, segundo as necessidades de cada um.

         Naturalmente, não viverás sem o instrumento de dor e luta que a existência terrestre te deu a transportar, mas se colocas o madeiro do próprio aperfeiçoamento na direção do Cristo, seguindo após Ele, no Calvário da Ressurreição, com amor e humildade, renúncia e perdão, guarda a certeza de que os braços de tua cruz se converterão na morte, em asas de espiritualidade, arrebatando-te do vale pantanoso da Terra para os topos resplendentes do Infinito.
                                                                                                                                        (Emmanuel in Abrigo)

QUANTAS VIDAS

 Quantas vidas para não mais repetir?
Quantas vidas para não cair nas mesmas teias?
Quantas vidas para aprender evitar as mesmas armadilhas?
Quantas vidas para não cometer os mesmos erros?

Quantas vidas para reconhecer...
Os caminhos duvidosos?
As estradas perigosas?
A sua presença?
O falso eu?

Quantas vidas para aprender...
A respeitar?
A evitar?
A agir?
Amar?