terça-feira, 18 de março de 2014

GANGUES, GANGUES E MAIS GANGUES


Olhando ao nosso redor, podemos ver muitas patotas ou grupinhos formados. De todos os tipos, feitios, cores, formatos e dimensões... A humanidade ainda está bem longe de saber-se ser humana. Quando pudermos viver o "um novo mandamento vos dou" (Jo. 13:34) é que viremos a ser verdadeiramente humanos, ou, pelo menos, estaremos mais humanizados. E, nesta época, a ideia de "gangue" será varrida da face da terra e os homens conhecerão o que de fato é fraternidade, o que é ser fraterno. Até lá, ainda vivermos por longo tempo a separatividade gaguista, entranhada no sangue humano. Começamos das  gangues familiares e partimos para as que encontramos dentro ou no meio dos diversos agrupamentos, quer seja onde trabalhamos, no meio social em que vivemos, nos diversos grupos, facções, partidos, seitas e etc de que participamos, até chegarmos às  gangues da pátria, das diversas nacionalidades, das raças, dos países e, finalmente, do mundinho Terra, onde nós nos consideramos ser os suprassumos desta imensidão infinita que é o Universo, e, nele, nos elevamos a sermos os únicos Filhos de Deus existente, nesta tremenda infinitude universal, como se Deus prestasse a se comparar conosco, ou se submetesse ao nosso tacão!

Certamente, neste Universo magnífico e divino, vamos encontrar vários outros filhos do Eterno Pai vivenciando a experiência da Vida em um nível tão alto de fraternidade, de entendimento e cooperação, que não passamos de uma mixórdia perante eles.

Até quando humanidade, ficarás sem aprender a abraçar o teu próximo, a amar teu inimigo como a um irmão?!  (Lc. 6:27) Quando iniciarmos os passos em direção a esta sublime meta, aí, talvez, possamos conversar. Hoje, sequer respeitamos uns aos outros. Portanto, falarmos o quê?! Dá para ver que temos muita estrada a percorrer, temos muito chão pela frente. E, olhem!, será uma via bem poeirenta, enfrentaremos muitos lamaçais; afinal, a tempestade ruge no horizonte de nossas vidas e nós, cegos, surdos e mudos não estamos sabendo semear corretamente aquela levedura que dissolverá estes ventos de incompreensão e discórdia. 

Olhando o mundo, fico a lamentar: Por mim e por todos, afinal, queiramos ou não, aceitemos ou não, somos todos irmãos, e, mais do que isto, todos nos encontramos no mesmo barco Terra, singrando os mares escapelados que nós mesmos estamos a soprar! Até quando não daremos conta desta eterna verdade?!

Vamos refletir e pensar! O esforço cabe a cada um de nós. O qual deve ser iniciado em cada indivíduo em particular, para, daí, se espalhar pelo conjunto, afetando e dissolvendo as diversas gangues existentes e encontradas em nosso meio... Entretanto, sem nossos braços operosos não haverá construção de dias melhores. Portanto, façamos esforços reiterados para alcançar o patamar de vivermos a fraternidade e uma compreensão verdadeiramente Cristãs, senão, o nosso futuro será de muito choro e ranger de dentes. Aguardemos e iremos constatar, seja como for! No entanto, uma coisa é absolutamente certa: O que iremos ver será conforme as construções que estivermos realizando no hoje, no agora!

Podes dizer que estou sendo utópico. Porém, sem visionários, sem aqueles que lançam convites, sementes renovadas, esta humanidade ainda, verdadeiramente, não humana não teria chegado até aqui. Avancemos pois, lançando novos ideias e um dia neste deserto ressequido de nossas imperfeições e dificuldades poderá nascer grama, árvores e frutos! Qualquer deserto dá bons frutos, desde que seja regado por boa água!!!




quinta-feira, 13 de março de 2014

EL MOSQUETÓN - HONESTIDADE

Ver os outros é tão difícil quanto ver-se a si mesmo. E vice e versa! Isso parece óbvio, mas não é. El Mosquetón aprendeu isto a duras penas. No seu caso, por ser mosquito, creio mais certo afirmar que foi a duras asas.

Ele estava tendo um problema com um de seus milhares de filhos. Vocês sabem, mosquitos tem centenas de milhares de filhotes. Mosquitinhos, tão problemáticos quantos os próprios pais. Afinal, genética e afinidade são Leis Universais e imutáveis! Mas, para El Mosquetón ter uma prole gigantesca não era problema. Tanto que ele conhece cada um de seus pequerruchos pelo nome.

Bem, o certo é que ele tinha um problema com um de seus rebentos e não estava sabendo como resolver a situação. Para sua sorte ou azar, vai-se lá saber!, que começou quando numa conversa discreta, afinal, este é um dos traços de El Mosquetón, com o vizinho, recebeu deste o conselho de procurar Fulaninho. Um mosquito idoso que tinha fama de ajudar a quem tinha problemas a resolver.

E assim lá se foi El Mosquetón todo alegria... Esta é outra marca registrada de nosso camarada: Sempre otimista! Uma alegria só, que somente ele sabe o preço. Pelo menos, são assim as suas considerações a respeito de si mesmo.

O orgulho é uma lâmina afiadíssima, qual navalha, que penetra fundo em nossa carne, sem ao menos a gente sentir ou perceber. Obviamente, damos conta do ocorrido só quando já é tarde demais, ou seja: Quando o sangue está a gotejar... Neste momento, é que vamos tomar consciência dos estragos recebidos e provocados.

El Mosquetón ao chegar em Fulalinho em vez de expor seus problemas, principiou por dar todo o currículo de quem lhe indicou os serviços prestativos de Fulalinho. Esta atitude na linguagem psicológica se chama: Enrolação! Entretanto, o que a psicologia acadêmica não sabe é que este é um dos movimentos do orgulho. Para sermos claros, a enrolação é neto ou neta do orgulho.

Outro parente próximo do orgulho, é conhecido como melindre! Para ser mais exato, o melindre é um dos filhos prediletos do orgulho. E El Mosquetón ficou melindrado com as atitudes de Fulalinho. Afinal, ele foi um tanto grosseiro com ele e nem ao menos deu um jeito em seus problemas. Porém, o problema é que Fulalinho nem mesmo ficou sabendo qual era o problema de El Mosquetón. Vocês perceberam?!

E assim, Fulalinho encaminhou o Sr. El Mosquetón para outro departamento. Um departamento mais especializado nestes casos. Ali, o atendente pega os dados e os passa para um Mosquito Vidente. Este, quando acolhe as informações, faz um rastreamento psíquico e consegue enxergar o consulente por dentro. Vendo seus reais problemas e, consequentemente, emite a receita.

Conclusão, caso resolvido. Ou quase! Pois, El Mosquetón está a aguardar a dita receita!