Olhando ao nosso redor, podemos ver muitas patotas ou grupinhos formados. De todos os tipos, feitios, cores, formatos e dimensões... A humanidade ainda está bem longe de saber-se ser humana. Quando pudermos viver o "um novo mandamento vos dou" (Jo. 13:34) é que viremos a ser verdadeiramente humanos, ou, pelo menos, estaremos mais humanizados. E, nesta época, a ideia de "gangue" será varrida da face da terra e os homens conhecerão o que de fato é fraternidade, o que é ser fraterno. Até lá, ainda vivermos por longo tempo a separatividade gaguista, entranhada no sangue humano. Começamos das gangues familiares e partimos para as que encontramos dentro ou no meio dos diversos agrupamentos, quer seja onde trabalhamos, no meio social em que vivemos, nos diversos grupos, facções, partidos, seitas e etc de que participamos, até chegarmos às gangues da pátria, das diversas nacionalidades, das raças, dos países e, finalmente, do mundinho Terra, onde nós nos consideramos ser os suprassumos desta imensidão infinita que é o Universo, e, nele, nos elevamos a sermos os únicos Filhos de Deus existente, nesta tremenda infinitude universal, como se Deus prestasse a se comparar conosco, ou se submetesse ao nosso tacão!
Certamente,
neste Universo magnífico e divino, vamos encontrar vários outros filhos do
Eterno Pai vivenciando a experiência da Vida em um nível tão alto de
fraternidade, de entendimento e cooperação, que não passamos de uma mixórdia
perante eles.
Até
quando humanidade, ficarás sem aprender a abraçar o teu próximo, a amar
teu inimigo como a um irmão?! (Lc. 6:27) Quando iniciarmos os passos
em direção a esta sublime meta, aí, talvez, possamos conversar. Hoje,
sequer respeitamos uns aos outros. Portanto, falarmos o quê?! Dá para
ver que temos muita estrada a percorrer, temos muito chão pela frente. E, olhem!, será uma
via bem poeirenta, enfrentaremos muitos lamaçais; afinal, a tempestade
ruge no horizonte de nossas vidas e nós, cegos, surdos e mudos não
estamos sabendo semear corretamente aquela levedura que dissolverá estes
ventos de incompreensão e discórdia.
Olhando
o mundo, fico a lamentar: Por mim e por todos, afinal, queiramos ou
não, aceitemos ou não, somos todos irmãos, e, mais do que isto, todos nos
encontramos no mesmo barco Terra, singrando os mares escapelados que nós
mesmos estamos a soprar! Até quando não daremos conta desta eterna
verdade?!
Vamos
refletir e pensar! O esforço cabe a cada um de nós. O qual deve ser iniciado em cada indivíduo em particular, para, daí, se espalhar pelo conjunto,
afetando e dissolvendo as diversas gangues existentes e encontradas em nosso meio... Entretanto, sem nossos
braços operosos não haverá construção de dias melhores. Portanto,
façamos esforços reiterados para alcançar o patamar de vivermos a
fraternidade e uma compreensão verdadeiramente Cristãs, senão, o nosso
futuro será de muito choro e ranger de dentes. Aguardemos e iremos
constatar, seja como for! No entanto, uma coisa é absolutamente certa: O que iremos ver será conforme as construções
que estivermos realizando no hoje, no agora!
Podes
dizer que estou sendo utópico. Porém, sem visionários, sem aqueles que
lançam convites, sementes renovadas, esta humanidade ainda, verdadeiramente, não humana não
teria chegado até aqui. Avancemos pois, lançando novos ideias e um dia
neste deserto ressequido de nossas imperfeições e dificuldades poderá
nascer grama, árvores e frutos! Qualquer deserto dá bons frutos, desde
que seja regado por boa água!!!